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Jul06
Escrito no destino?
Marco
Há uma suave brisa, muito fresca, muito pura, que refresca todos os dias o meu existir. Uma brisa que desliza por caminhos que não percorro porque o destino assim não quis. Um destino que teima em trocar-me as voltas fazendo-me sentir como uma criança num intrincado labirinto onde cada saída não é mais do que uma nova entrada, porventura ainda mais complexa do que a anterior.Um destino feito da nadas que não acontecem por acaso. Um destino que dizem ser construído todos os dias. Um destino teimosamente comparado com as fatalidades que nos surgem ao caminho. Mas afinal, o que é o destino? É o que sempre teve de ser? É aquilo que fizermos dele? É um caminho? Ou uma meta? Um fim?
Não será o destino a maior de todas as desculpas? Para a não tentativa. Para o conforto da cobardia. Sim, não tenho qualquer duvida que é muito mais cómodo não arriscar, não levantar ondas. Afinal de contas, era o destino. Não, não era. Não é. Não é desculpa. Há que saber dar um murro na mesa do conformismo. Há que ir à luta. Por tudo. Para tudo.
Há uma suave brisa, muito fresca, muito pura, que refresca todos os dias o meu existir. Uma brisa que desliza por caminhos que não percorro. Por isso, vou sair à sua procura. Ao seu encontro. Posso não conseguir. Mas não posso não tentar.