Finalmente.
Tenho a certeza que se alguém fizer o mesmo que eu e reparar nas palavras que escreveste vai logo comentar e comentar e comentar e depois as pessoas irão com certeza correr a ler esse pedaço de perfeição e nos seus rostos um enorme brilho que é felicidade, que é alívio, que é orgulho, que é saudade, que é pressa de reencontro, que é finalmente certeza depois de tanto tempo de nuvens duvidosas a tapar o bonito encanto da tua magia que, segundo as tuas palavras, está finalmente de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído.
Parece que já estou a imaginar-te de novo sentada atrás do biombo por onde tantas vezes espreitei, afogada em facturas que a mim sempre me pareceram escrita russa ou árabe ou pior ainda, feliz a conferir números e equações, cantando ao de leve as músicas que a rádio te oferece, antes de decidires visitar a nossa que agora é a sala deles, onde tantas vezes me encantei com a harmonia da tua presença, sempre leve, tipo brisa fresca em dias quentes de verão, qual corrente de ar que janela nenhuma jamais será capaz de reter.
Desta tua amiga e admiradora que já voltou... Pois é, Xristas, não precisavas de escrever mais nada para me encantar como se encantam as crianças e te garanto, fosse eu um desses que premeiam os que merecem e tu diante de uma plateia rendida, de certeza corada de vergonha, a agradecer tantos aplausos com palavras meio atrapalhadas, meio sem jeito, palavras a saca-rolhas que isto da fama não é coisa para ti, mas por certo feliz, desejosa de correr logo logo para o teu cantinho atrás do biombo onde contas sem fim te esperam há tempo demais para ser verdade.
É tão bom ter-te de volta.