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Deep Silent Complete

"Escrevo-me. Escrevo o que existo, onde sinto, todos os lugares onde sinto. E o que sinto é o que existo e o que sou. Escrevo-me nas palavras mais ridiculas...e nas palavras mais belas... Transformo-me todo em palavras." - José Luís Peixoto

Deep Silent Complete

"Escrevo-me. Escrevo o que existo, onde sinto, todos os lugares onde sinto. E o que sinto é o que existo e o que sou. Escrevo-me nas palavras mais ridiculas...e nas palavras mais belas... Transformo-me todo em palavras." - José Luís Peixoto

07
Mar08

As respostas que desconheço.

Marco
Às vezes pergunto-me o que será de ti não com saudade ou coisa parecida, mas pergunto-me porque não sou pessoa de esquecer completamente e nesses instantes imagino que tudo bem, espero que tudo bem, as coisinhas a correr como imaginaste, um dia depois do outro e do outro e do outro ao mesmo tempo que sorrio e me olho, não encontrando qualquer traço do que fui, não me reconhecendo nessa figura do passado, armada em mim mesmo, outro eu que deixou de existir, se extinguiu, desfeito na corrente do tempo que tudo leva, tudo apaga.

Então penso: tanta gente a desistir de viver. Tanta gente satisfeita dentro do vazio completo, dentro da ausência, dentro do nada, ou se calhar conformada com isso, ou se calhar derrotada, ou se calhar nada disto e apenas distraída de tudo, esquecida da palavra possibilidade no plural, não sei, não conheço todas as respostas do mundo, limito-me a lutar contra os pensamentos que me invadem a toda a hora sendo que este me visita repetidamente dentro de todas as horas: tanta gente a desistir de viver, a sobreviver aos dias, de braços caídos, inertes.

Palavra que às vezes me pergunto o que será de ti, e de ti, e também de ti, não com saudade ou coisa parecida, mais curiosidade inevitável já que não sou pessoa de esquecer completamente embora me fascine cada vez mais a quantidade de verde que me brinda todas as manhãs ao abrir as portadas e me dê um gozo cada vez maior ligar uma música que faça de banda sonora à nitidez dos minutos e deixar-me levar por ela, simplesmente. Afinal de contas, não conheço nem tenho de conhecer todas as respostas do mundo. Apenas as minhas.

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