30
Jun06
No fundo de mim.
Marco
A solidão teima em desafiar-me. Como aquelas crianças que nos olham, testando os nossos limites para elas próprias testarem os delas. Como que um jogo. Um jogo que aceitei jogar e do qual tento aprender as regras a cada dia que passa.Umas vezes, parece incrivelmente fácil. O tempo passa, cheio de pressa, fugindo-me sem que eu perceba porquê. Outras vezes, sou eu e só eu. Uma companhia que gosto de fazer a mim próprio. Conheço-me e por isso, nada de grandes caprichos que sei, só me iriam chatear.
No fundo é uma descoberta. De mim mesmo. De quem eu sou. De quem quero ser. Um projecto de mim próprio, cujo sucesso se verifica a cada minuto de existência. Daí o desafio. Ou alguém pensa que as crianças desistem facilmente?