30
Mar07
O que sei e o que não sei.
Marco
Já não sei quando foi que te vi, entretanto o tempo desatou a passar entre nós e de repente perdi-te, sumiste-me da frente e agora por mais que te procure, não te consigo encontrar em lado nenhum. Não sei se te escondes, se foges, ou se simplesmente me perdeste também a mim e esta hora tu a procurares-me em todo o lado só que de mim nem um sinal, nada, eu invisível ao teus olhos, à tua vida, eu desaparecido assim como tu, desaparecida.Já não sei quando foi que te vi, sei que me lembro de ti como se tivesse sido agora mesmo, lembro com toda a nitidez, o rosto, o sorriso e a falta dele, o brilho fundo de uns olhos gastos de tanta dor, lembro um corpo caído, vergado a um cansaço pesado, esmagador, lembro uma luz, ténue mas luz, a vir de dentro de ti apontando para o futuro, iluminando-o de esperança, de fé, lembro uma força tremenda, mais forte do que as forças do universo todas juntas, uma determinação, uma vontade, lembro...
Já não sei quando foi que te vi, entretanto o tempo desatou a passar entre nós e de repente já passaram vinte dias, uma quantidade estúpida de horas e então de minutos nem se fala, tempo vazio de ti, carregado de uma saudade que cresce em cada um desses minutos de que nem quero falar, tempo lento, parado. Não sei se te escondes, se foges, ou se simplesmente me perdeste também a mim. Sei que isto assim, tem muito menos piada.