"Escrevo-me. Escrevo o que existo, onde sinto, todos os lugares onde sinto. E o que sinto é o que existo e o que sou. Escrevo-me nas palavras mais ridiculas...e nas palavras mais belas... Transformo-me todo em palavras." - José Luís Peixoto
"Escrevo-me. Escrevo o que existo, onde sinto, todos os lugares onde sinto. E o que sinto é o que existo e o que sou. Escrevo-me nas palavras mais ridiculas...e nas palavras mais belas... Transformo-me todo em palavras." - José Luís Peixoto
A vida tem coisas giras. Quantas vezes, problemas mais problemas, chatices, tristezas, dor, enfim, teoria do caos e de repente, como uma borboleta que voa voa, algo interrompe esses momentos para nos fazer sorrir, ou até chorar, mas de alegria. Como um raio de sol que fura a tempestade, iluminando tudo o que outrora era escuridão.
Bastaram umas palavras. Não muitas. Não difíceis. Não, nada disso. Bastaram umas palavras bem escolhidas, muito inspiradas, muito sentidas e escritas no momento certo. Lê-las, fez-me sorrir, fez-me chorar. Lê-las foi a melhor terapia de que estava a precisar.
Por isso este tributo. A ti Tânia. Todos os dias encaro o desafio de escrever aqui palavras, pensamentos, de forma criativa e diferente. Revelar um pouco de mim. No entanto, mais de quarenta textos depois tens o mérito de ter escrito o mais bonito de todos. Pelo menos para mim. Obrigado! Gosto muito de ti.
PS: Refiro-me ao segundo comentário no texto de 1 de Agosto, chamado “Hoje não”.
Hoje não me apetece escrever. Não me apetece ter de pensar em que palavras, em que conceitos, em que ideias. Não me apetece partilhar experiências, não me apetece contar as minhas histórias, relatar os meus episódios. Não me apetece ser criativo, nem sequer fazer esse esforço.
Hoje gostava de fazer gazeta de mim mesmo. Que bom que seria se isso fosse possível. Não me apetece dar a cara. Não me apetece ter de ser eu próprio. Com tudo o que isso acarreta. Com tudo o que esperam de mim. Não me apetece.
Gostava de fugir, sem rumo. Sem ter de explicar, sem ter de justificar. Apenas caminhar à deriva, ao sabor de cada instante. Hoje não me apetece observar, não me apetece sorrir, não me apetece nada. Hoje é daqueles dias em que o silêncio se torna na mais sábia da atitudes. Ponto final.