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Deep Silent Complete

"Escrevo-me. Escrevo o que existo, onde sinto, todos os lugares onde sinto. E o que sinto é o que existo e o que sou. Escrevo-me nas palavras mais ridiculas...e nas palavras mais belas... Transformo-me todo em palavras." - José Luís Peixoto

Deep Silent Complete

"Escrevo-me. Escrevo o que existo, onde sinto, todos os lugares onde sinto. E o que sinto é o que existo e o que sou. Escrevo-me nas palavras mais ridiculas...e nas palavras mais belas... Transformo-me todo em palavras." - José Luís Peixoto

29
Mai07

Há uns 22 anos atrás...

Marco
É curioso que a maioria dos meus textos se escrevem sozinhos enquanto conduzo. Talvez por ser o único dos momentos em que a minha mente completamente liberta, esvoaçando por pensamentos, sonhos ou memórias. Como hoje de manhã, a caminho do emprego e de repente eu com oito ou nove anos no descampado à frente da Piscina Atlântida numa dessas tardes de todo o tempo do mundo, cheia de sol, de felicidade.

O bicho homem é um ser curioso. Diria mesmo hilariante, quando se trata de tentar captar a atenção de uma mulher. É capaz de tudo, mesmo que tudo do pior. Basta ver um dos documentários de sábado ao meio dia para constatar esta verdade, seja qual for a espécie animal. Eu tinha oito anos e gostava da Clara. Um rosto que já não recordo, uma figura que há muito desapareceu tendo-me deixado apenas o seu nome e esta história que vos passo a contar.

Nós a jogar futebol antes do treino, a Clara a ver, eu fan do karaté kid, a Clara a ver, eu a querer ter o estilo desse prodígio do cinema, a Clara a ver, eu a pedir o lenço de assoar ao meu avô, a Clara a ver, eu a dobrá-lo e a colocá-lo na testa, a Clara a ver, eu feito karaté kid de trazer por casa, a Clara infelizmente, a ver. Eu a chegar ao emprego a rir-me sozinho no carro, recordando esses tempos deliciosos. A Clara algures nesse mundo, sem nunca ter falado sequer comigo. Pudera!

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